Confira a misteriosa história do assassinato de Ai Ru, segundo no comando de uma das organizações criminosas mais poderosas da Argentina.
Em setembro de 2020, foi encontrado um homem asiático morto, com 3 tiros em uma cabine de poker, no restaurante Aroma China. Mais tarde, as perícias forenses relevaram que o homem havia sido atingido com 15 disparos.
Na época, três homens, também chineses, foram presos e foi encontrada uma pistola Ruby 9 milímetros com várias balas entre o lixo do restaurante.
O cenários parecia simples, um jogo de poker que correu mal. O corpo da vítima também não apresentava nada de incomum.
Uma testemunha relatou também ter visto dois suspeitos fugindo do local após os disparos.
Mais tarde, o relatório policial indicava que o homem foi atingido por 15 tiros entre a cabeça e o tronco e foram encontrados 23 mil pesos no seu bolso.
De acordo com o documento de identificação encontrado também no bolso da vítima, tratava-se de Villa Ortúzar, homem de 34 anos, também chinês, ex-funcionário de um abastado comerciante da comunidade.
O caso estava prestes a ser encerrado pelo Tribunal, até que surge uma reviravolta.
Quando alguém apareceu na Morgue para reclamar o corpo, foi apresentado o passaporte que pertencia ao homem assassinado.
No entanto, esse documento não correspondia a Villa Ortúzar, mas sim a alguém mais importante: Yang Ye Hui, nascido a 6 de dezembro de 1986,e que era mais conhecido por seu pseudônimo no mundo do crime: Ai Ru.
Ai Ru, como era conhecido, era o segundo no comando de Pi Xiu, a máfia chinesa mais poderosa na Argentina.
A máfia Pi Xiu estava envolvida no tráfico de mulheres, com cinco mulheres chinesas que foram traficadas para a Argentina, tendo desembarcado na Bolívia ou Equador e sido traficadas por terra, em vans, para o país.
Ai Ru surge várias vezes mencionado nas transcrições da investigação, com conversas sobre o “resgate” das mulheres. Um dos suspeitos com quem o chefe da máfia fala garante: “Vou coordenar com as Migrações para excluir seus registros… Depois que chegar em casa, informe-me dos nomes das cinco”
Em maio de 2019, Ai Ru foi condenado em primeira instância pelo Tribunal Federal a três anos e meio de pena efetiva.
Após deixar a prisão, diz-se que Ai Ru quebrou relações com a máfia Pi Xiu e que tentou criar sua própria organização, mas sem grande sucesso.
O ex-cheve da máfia acabou se tornando agiota, oferecendo dinheiro aos jogadores para depois lhes cobrar uma taxa, passando seus dias em uma rua específica onde era fácil encontra-lo.
Apesar de ter cortado relações com a máfia Pi Xiu, suspeita-se que estes não tenham sido responsáveis por ordenar sua morte e existe outra razão para o seu assassinato. No entanto ainda não se sabe qual terá sido a verdadeira origem do crime.
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